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9 de jun. de 2012


A última crônica
Fernando Sabino

A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: "assim eu quereria o meu último poema". Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.
Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.
Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho - um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular. A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.
São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: "Parabéns pra você, parabéns pra você..." Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura - ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido - vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.
Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso."
Crônica publicada no livro "A Companheira de viagem" (Editora Record, 1965)
Questão 1
Crônica vem do grego  Chrónos —  registros de fatos comuns, feitos em ordem cronológica.
Dentre as características da crônica citadas abaixo, assinale a opção INCORRETA.
(A) Não compreensão do circunstancial, do episódico.
(B) Participação do escritor como espectador.
(C) Captação de aspectos humanos na vida diária.
(D) Busca do pitoresco, do insignificante no cotidiano de cada um.
(E) Percepção da essência de um fato.
Questão 2
Assinale a opção que reflete a temática do texto de Fernando Sabino.
(A) o autor não traduz o sentimento de quem escreve e gosta de escrever.
(B) O texto é livre, solto e capaz de prender a atenção do leitor, mesmo quando o assunto não é a própria dificuldade casual de escrever.
(C) O texto apresenta a inquietação que o processo de escrita provoca no autor.
(D) O texto retrata a falta de humildade dos personagens. 
(E) O texto é tratado numa sequência atemporal de ações.
Questão 3
No texto, não é a carência de recursos que se destaca no trio e sim a grandeza dos sentimentos que há entre os personagens. Assinale a passagem que comprova essa afirmativa.
(A) “A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acentuar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido (C) “O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma”.
(D) “Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa a um discreto ritual”.
(E) “A mulher está olhando para ela com ternura —  ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo”.
Questão 4
O cronista utiliza no texto a metalinguagem, ou seja, retrata o próprio ato de escrever, criar e fazer literatura. Assinale a opção que comprova essa afirmativa.
(A) “Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade”.
(B) “Na realidade estou adiando o momento de escrever”.
(C) “Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome”.
(D) “Passo a observá-los”.
(E) “A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão”.
 Questão 5
“Assim eu quereria a minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso”. O último parágrafo faz alusão ao primeiro, ou seja,
(A) o autor retrata a capacidade de reflexão e perplexidade diante da situação vivida pelos negros.
(B) a relação entre os parágrafos se faz apenas por uma vaidade do autor.
(C) o objetivo foi atingido, fazendo menção à simplicidade do cotidiano.
(D) a riqueza das atitudes e a cumplicidade da família resgataram a idealização do narrador.
(E) o narrador conquistou o objetivo, resgatando o singelo através de um sorriso puro como de uma criança.
 Questão 6
Assinale a opção que apresenta a noção de reciprocidade expressa por um pronome pessoal oblíquo sublinhado.
(A) “Ao fundo do botequim, um casal de pretos acaba de sentar-se (...)“.
(B) “(...) uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa (...)”.
(C) “O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás (...)”. 
(D) “Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo”.
(E) “De súbito, dá comigo a observá-lo, nossos olhos se Encontram (...)”.
Questão 7
Chama-se derivação imprópria ou conversão a um tipo de formação de palavra. Assinale a  opção em que esse tipo de derivação encontra-se sublinhado.
(A) “Na realidade estou adiando o momento de escrever”. 
(B) “A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade”.
(C) “Imediatamente, põe-se a bater palmas (..)”.
(D) “(...) muito compenetrada, cantando num balbucio, a que (...)“ .
(E) “(...) ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e (...)“.
 Questão 8
Considerando-se a colocação pronominal, assinale a opção que apresenta a possibilidade de deslocamento do pronome átono.
(A) “O homem atrás do balcão apanha a porção de bolo com a mão, larga-o no pratinho (. . .)” 
(B) “O pai se mune de uma caixa de fósforos (...)”.
(C) “(. . .) quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador (...)”.
(D) “Vejo, porém, que se preparam para algo mais (...)”. 
(E) “Ninguém mais os observa além de mim”.
Questão 9
Assinale a opção que apresenta a forma verbal na terceira conjugação.
(A) “(...) torno-me simples espectador (...)”.
(B) “(...) e perco a noção do essencial”.
(C) “O pai se mune de uma caixa (...)”.
(D) “Vejo, porém, que (...)”.
(E) “Três seres esquivos que compõem (...)”.
Questão 10
Assinale a opção em que o período NÃO é construído de orações coordenadas
(A) “Nesta do ocidental, quer num flagrante de esquina, quer nas., palavras de uma criança ou num acidente doméstico, o—me simples espectador e perco a noção do essencial”.
(B) “Não sou poeta e estou sem assunto”. 
(C) “Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos”.
(D) “O pai se mune de uma caixa de fósforo, e espera”. 
(E) “A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo”.
 Questão 11
 Assinale a opção INCORRETA ao se substituir a expressão sublinhada pelo pronome pessoal adequado.
(A) “Visava ao circunstancial , ao episódico “ — Visava-lhe. 
(B) “Não sou poeta (. . .)“ — Não o sou.
(C) “(. . .) mal ousa balançar as perninhas” — mal ousa balançá-las.
(D) “A meu lado o garçom encaminha a ordem” - A meu lado o garçom a encaminha.
(E) “A negrinha agarra finalmente o bolo (.. .)“ - A negrinha finalmente o agarra.
Questão 12
“A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos  sôfregas  e põe-se a comê-lo”. A palavra sublinhada quer dizer
(A) sofridas.
(B) estendidas.
(C) desesperadas.
(D) ávidas.
(E) devoradoras.
Questão 13
Quanto à sintaxe de regência, assinale a opção que apresenta um verbo intransitivo.
(A) “O pai se mune de uma caixa de fósforos (..)”.
(B) “A atenta como um animalzinho”. 
(C) “Ninguém mais observa, além de mim”.
(D) “São três velinhas brancas que a mãe espeta caprichosamente (...)“.
(E) “A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas (...)”.
Questão 14
Assinale a opção em que a acentuação da palavra sublinhada no período se justifica por uma regra diferente das outras.
(A) “(.. .) curvo a cabeça e tomo meu café (...)“.
(B) “Vejo, porém, que se preparam para algo (. . .) “.
(C) “(.. .) e depois se afasta para atendê-lo”. ., 
D) “A mãe limita-se a ficar imóvel (...)”.
(E) “O homem atrás do balcão (...)”.

Questão 15
 Assinale a opção em que a expressão sublinhada é um aposto.
(A) “Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade”.
(B) “A mãe limita-se a ficar imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom”.
(C) “Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo”.
(D) “A negrinha,  contida na sua expectativa, olha a garrafa de coca-cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente”.
(E) “O pai corre os olhos pelo botequim,  satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração”.  
Questão 16
 Assinale a opção que o autor, na crônica, expressa um fato em um passado recente, por meio de uma locução verbal.
(A) “Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se (...)”.
(B) “A mãe limita-se a ficar olhando imóvel (....)“.
(C) Por que não começa comer?”.
(D) “Imediatamente põe-se a bater palmas muito compenetrada, cantando (...)”.
(E) “A mulher esta olhando para ela com ternura (...)“.
 Questão 17
 Assinale a opção que apresenta a única circunstância indicada pela expressão adverbial sublinhada que se diferencia das demais.
(A) “Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se (...)”.
(B) “(...) e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma”.
(C) “(...) olha a garrafa de coca-cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente”.
(D) “Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa a um discreto ritual”.
(E) “De súbito, dá comigo a observá-lo, nossos olhos se encontram (...) “.
Questão 18
Em todos os períodos a expressão sublinhada é efetivamente um adjetivo, EXCETO em:
(A) “(...) torno-me simples espectador (...)”.
(B) ”(...) e perco a noção do essencial”.
(C) “(...) numa das últimas mesas de mármore (...)”.
(D) “(...) pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha (...)”.
(E) “(...) lanço então um último olhar fora de mim(...)”.
 Questão 19
Assinale a opção que apresenta um período composto.
(A) “Gostaria de estar inspirado (...)”.
(B) “A perspectiva me assusta”.
(C) “Passo a observá-los”.
(D) “Por que não começa a comer?”
(E) “A mulher está olhando para ela com ternura (. . .)“.  
 Questão 20
 Assinale a opção INCORRETA quanto à possibilidade na forma de pontuar a passagem destacada.
(A) “A caminho de casa, entro num botequim da Gávea (...)”.
        A caminho de casa entro num botequim da Gávea (...).
(B) “Ao fundo do botequim um casal de pretos (...)“. 
       Ao fundo do botequim, um casal de pretos (. ..)
 (C) “O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom(...)”.
       Depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, o pai aborda o garçom(...).
 (D) “Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo”.
        Este ouve, concentrado, o pedido do homem e, depois se afasta para atendê-lo. 
 (E) “Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa a um discreto ritual”.
        Vejo que os três — pai, mãe e filha — obedecem em torno à mesa a um discreto ritual.
Gabarito 1-C      2-C   3-E   4-B   5-C   6-E   7-E   8-B   9-C  10-C  11-A  12-D 13-B 14-D 15-A  16-A  17-E  18-B  19-A  20-A

17 de set. de 2011

Numa feira de agropecuária, um fazendeiro do Mato Grosso do Sul encontrou-se com um Fazendeiro do estado do Tocantins: 
O Fazendeiro do Mato Grosso do Sul perguntou:
- Cumpadre! Se o senhor não se importa deu perguntar, Qual é o tamanho da sua fazenda?
O Fazendeiro do Tocantins respondeu:
- Oía cumpadre! Acho que deve di dar uns quatrocentos hectare é piquinina! E a sua?
Como o fazendeiro do Mato Grosso do Sul era do tipo meio arrogante e cheio de mania de grandeza ele foi logo esnobando o outro fazendeiro dizendo: 
- Cumpadre! O senhor sabe que eu nunca me interessei de contá eu só sei que eu saio de manhã bem cedinho e quando é meio dia eu ainda nem cheguei na metade da propriedade.
- Eu sei cumpadre!...Eu sei! No começo eu também andava de carroça...Squenta não!...Guenta firme cumpadre! Tenho certeza que tudo vai melhorar!

 
Edilson Rodrigues Silva
Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida...

Um dia, quando os funcionários chegaram para trabalhar, encontraram na portaria um cartaz enorme, no qual estava escrito:

"Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida na Empresa. Você está convidado para o velório na quadra de esportes".

No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas depois de algum tempo, ficaram curiosos para saber quem estava atrapalhando sua vida e bloqueando seu crescimento na empresa. A agitação na quadra de esportes era tão grande, que foi preciso chamar os seguranças para organizar a fila do velório. Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação aumentava:

- Quem será que estava atrapalhando o meu progresso ?
- Ainda bem que esse infeliz morreu !

Um a um, os funcionários, agitados, se aproximavam do caixão, olhavam pelo visor do caixão a fim de reconhecer o defunto, engoliam em seco e saiam de cabeça abaixada, sem nada falar uns com os outros. Ficavam no mais absoluto silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma e dirigiam-se para suas salas. Todos, muito curiosos mantinham-se na fila até chegar a sua vez de verificar quem estava no caixão e que tinha atrapalhado tanto a cada um deles.

A pergunta ecoava na mente de todos: "Quem está nesse caixão"?

No visor do caixão havia um espelho e cada um via a si mesmo... Só existe uma pessoa capaz de limitar seu crescimento: VOCÊ MESMO! Você é a única pessoa que pode fazer a revolução de sua vida. Você é a única pessoa que pode prejudicar a sua vida. Você é a única pessoa que pode ajudar a si mesmo. "SUA VIDA NÃO MUDA QUANDO SEU CHEFE MUDA, QUANDO SUA EMPRESA MUDA, QUANDO SEUS PAIS MUDAM, QUANDO SEU(SUA) NAMORADO(A) MUDA. SUA VIDA MUDA... QUANDO VOCÊ MUDA! VOCÊ É O ÚNICO RESPONSÁVEL POR ELA."

O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos e seus atos. A maneira como você encara a vida é que faz toda diferença. A vida muda, quando "você muda".



Luís Fernando Veríssimo
Minha mulher e eu temos o segredo para fazer um casamento durar:
Duas vezes por semana, vamos a um ótimo restaurante, com uma comida gostosa, uma boa bebida e um bom companheirismo. Ela vai às terças-feiras e eu, às quintas.
Nós também dormimos em camas separadas: a dela é em Fortaleza e a minha, em SP.
Eu levo minha mulher a todos os lugares, mas ela sempre acha o caminho de volta.
Perguntei a ela onde ela gostaria de ir no nosso aniversário de casamento, "em algum lugar que eu não tenha ido há muito tempo!" ela disse. Então, sugeri a cozinha.
Nós sempre andamos de mãos dadas...
Se eu soltar, ela vai às compras!
Ela tem um liquidificador, uma torradeira e uma máquina de fazer pão, tudo elétrico.
Então, ela disse: "nós temos muitos aparelhos, mas não temos lugar pra sentar".
Daí, comprei pra ela uma cadeira elétrica.
Lembrem-se: o casamento é a causa número 1 para o divórcio. Estatisticamente, 100 % dos divórcios começam com o casamento. Eu me casei com a "senhora certa".
Só não sabia que o primeiro nome dela era "sempre".
Já faz 18 meses que não falo com minha esposa. É que não gosto de interrompê-la.
Mas, tenho que admitir: a nossa última briga foi culpa minha.
Ela perguntou: "O que tem na TV?"
E eu disse: "Poeira".



Luís Fernando Veríssimo

Dez Coisas que Levei Anos Para Aprender

1. Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom, não pode ser uma boa pessoa.

2. As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas.

3. Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance.

4. A força mais destrutiva do universo é a fofoca.

5. Não confunda nunca sua carreira com sua vida.

6. Jamais, sob quaisquer circunstâncias, tome um remédio para dormir e um laxante na mesma noite.

7. Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual a raça humana ainda não atingiu (e nunca atingirá) todo o seu potencial, essa palavra seria "reuniões".

8. Há uma linha muito tênue entre "hobby" e "doença mental".

9. Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito.

10. Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um amador solitário construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic.
   Luís Fernando Veríssimo

As Crônicas de Nárnia


Neste livro são narradas as aventuras dos quatro irmãos Pevensie: PedroSusanaEdmundoLúcia, que fugindo dos bombardeios a Londres durante a II Guerra Mundial, vão até a casa de um professor que morava no campo. Lá encontram, dentro de um guarda-roupa (cuja origem é revelada em O Sobrinho do Mago), uma passagem que liga nosso mundo ao mundo de Nárnia.
Eles chegam a este país que está sendo castigado por um inverno decretado pela Feiticeira Branca, também conhecida como Jadis. Lá eles ficam sabendo duma profecia narniana que dizia que quando dois filhos de Adão e duas filhas de Eva aparecerem e se tornarem reis de Nárnia em Cair Paravel (com a ajuda do leão Aslam), o governo da Feiticeira irá terminar.
Infelizmente Edmundo, tentado pelas promessas da Feiticeira Branca, acaba traindo os próprios irmãos, avisando-a de que seus irmãos estão em Nárnia e que estão procurando Aslam. Mas de qualquer maneira os outros três acabam por encontrar Aslam, além de conseguirem salvar Edmundo da Feiticeira. Como prova de amor, Aslam se oferece em troca de Edmundo para ser sacrificado na Mesa de Pedra, local onde os traidores são entregues à Feiticeira para sacrifício.
Mas a morte não é capaz de vencer Aslam, que revive por ser inocente, conforme ordena a Magia Profunda de Antes da Aurora do Tempo. Então a Feiticeira agrupa seus súditos fiéis para atacar o exército de Aslam, liderado agora por Pedro. Aslam primeiramente vai libertar os narnianos que foram transformados em estátuas de pedra pela Feiticeira em seu castelo, e logo então vai ajudar Pedro na batalha, derrotando definitivamente a Feiticeira e seu exército.
Com a vitória, os quatro irmãos são coroados reis e rainhas de Nárnia em Cair Paravel. Eles governam por muitos anos, iniciando a Época de Ouro. Pedro é coroado como o Grande Rei de Nárnia (ou Supremo Rei de Nárnia), sendo rei maior entre todos os outros reis e rainhas de Nárnia.
O reinado deles acaba quando, em uma caçada, acabam por encontrar uma passagem no Ermo do Lampião (a mesma que eles usaram para entrar em Nárnia), que acaba os levando de volta ao nosso mundo. Como o tempo em Nárnia e no nosso mundo são independentes, eles voltam com a mesma idade que tinham quando entraram no guarda-roupa. Ninguém ficou sabendo das aventuras deles em Nárnia, a não ser o professor que os hospedou.
Os quatro irmãos ainda voltariam mais uma vez a Nárnia, conforme é narrado em Príncipe Caspian.

TESTE DE PRODUÇÃO TEXTUAL PARA O 7º ANO

  Texto I     1)  A relação do car n eirinho com os sintomas da gripe na propaganda se estabelece porque : a) Naldecon estimula a imaginação...