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17 de set. de 2011

Retrospectiva Histórica do Supervisor Educacional - Supervisão Escolar

Período colonial até 1841
Prof:Rosâne Modesto

-Educação em moldes europeus (ações missionárias);
-Função do supervisor: inspecionar, avaliar e controlar no âmbito educacional-somente em 1809, com a nomenclatura de “inspetor geral”;
-A profissão de supervisor surgiu no período da Revolução Industrial, dentro das fábricas;
-O supervisor exercia função de controle e vigilância dos profissionais;
-A supervisão inicia ação em instituições educacionais após à Revolução Industrial;
-Em 1841 a supervisão volta o foco para as práticas do professor, sem preocupação com a formação do profissional;
-Educação voltada para uma elite privilegiada da sociedade;
-Critérios de aferição do rendimento escolar, visando eficiência.

Do ano de 1841 a 1930

1841 a 1871 (30 anos)
-Foco do supervisor = inspecionar a prática do professor, com abordagem disciplinar;
-Supervisor e professor não precisavam de formação profissional;
-Não havia preocupação com as relações dentro da escola;
-Objetivo principal = melhorar o desempenho da escola.
A partir de 1880
-Ações do supervisor = controle, vigilância, estabelecimento de padrões comportamentais, determinar e apresentar diretrizes de trabalho;
-Objetivo = manter o padrão de excelência;
-Cabe ao supervisor julgar e premiar os bons profissionais, que ajudam a manter o poder do conhecimento.
Início do sécXX(1900)
-Supervisor já seleciona profissionais especialistas para a equipe docente;
-Início da preocupação com o aprendizado do aluno.
1925 a 1930
-Mudança do foco educacional;
-A importância crescente das ciências comportamentais gera uma preocupação com a formação integral do aluno;
-descentralização do ensino, com a cooperação do grupo, através de uma liderança democrática;
-Função do supervisor: mediar a relação entre os diversos partícipes do processo educacional.

Período de 1930 a 1950

-Era Vargas = insatisfação popular;
-A sociedade brasileira numa nova fase exigia mão de obra qualificada e para tal, era preciso investir na educação;
-1930- Ministério da Educação e Saúde Pública
Novos profissionais = inspetores-serviços de inspeção;
-Com a reforma Francisco Campos, a inspeção deixa de ser predominantemente fiscalizadora para assumir o caráter educacional;
-1931-Anísio Teixeira assumiu o cargo de diretor da Instrução Pública da Prefeitura da Cidade do Rio de janeiro.
-Defender um projeto pedagógico mais amplo nas possibilidades de democratização da sociedade brasileira;
-1932-Anísio Teixeira- Manifesto dos Pioneiros da Educação nova (preocupação com o papel político-social da escola. Deixou reflexões e preocupava-se com a qualidade da educação brasileira-reforma de ensino secundário;
-1942- Supervisão Educacional + Caráter  de orientação pedagógica à sua prática, além do administrativo e da inspeção;
-Lei Orgânica do Ensino Secundário no.4244.

Nos anos 50


-Objetivo = estabelecer uma política desenvolvimentista e promover uma transformação social;
-Paulo Freire- representa a esperança por meio de seu método de alfabetização apresentado como uma solução eficaz, proporcionando mudanças sociais significativas em razão do contexto nacional e internacional, em que o analfabetismo e o desenvolvimento se destacam, principalmente na educação brasileira;
-Entre os anos de 1953 e 1963, foi criada a campanha de aperfeiçoamento e Difusão do Ensino Secundário (CADES) pelo decreto no. 34.638, objetiva a qualidade do ensino por meio do treinamento de recursos humanos e foi desenvolvido o Programa Americano-Brasileiro de Assistência ao Ensino Elementar (PABAEE);
-Primeira turma de supervisores escolares para atuar no ensino elementar;
-Um grupo de supervisores foi formado pelo Programa Americano-Brasileiro de Assistência ao Ensino Elementar (PABAEE), com o objetivo de modernizar o ensino e preparar professores leigos que priorizam o estudo dos métodos e das técnicas de ensino, no qual se tornou como uma grande inovação pedagógica no Brasil.

A década de 60

-O golpe militar trouxe grande retrocesso à Educação Brasileira, porém algumas conquistas;
-Período em que a supervisão retoma o seu papel de controle da qualidade do ensino pelo controle curricular como base da qualidade do ensino;
-Em 1961 suge a primeira LDB e nela constam dois artigos fazenda referência à Supervisão Escolar;
-Em 1968, a Lei no.5.540/68 exige a formação em nível de graduação do supervisor e faz com que ele exerça a função de controlar a qualidade do ensino e promover sua real melhoria.

Década de 70

-Criação do estado do Rio de Janeiro;
-Criação de uma Secretaria de Estado de Educação e Cultura do Rio de Janeiro;
-Promulgação da Lei 5.692/71-Diretrizes e Bases do ensino de 1º.e 2º. Graus, promovendo nova mudança na ação da Supervisão que ganha força institucional e dois campos de atuação: a de inspeção administrativa e a da assistência técnico-pedagógica, ampliando sua ação de especialista;
- Em agosto de 76 o MEC promoveu o I Seminário de Supervisão Pedagógica com o objetivo de traçar um parâmetro nacional sobre assuntos pedagógicos;
-!978- I Encontro Nacional de Supervisores de Educação para busca da identidade da profissão de Supervisão Educacional, considerando o momento de grandes e significativas mudanças no quadro educacional por meio da legislação vigente (no R3-Porto alegre);
-Durante este tempo o sistema de Supervisão Educacional foi estruturado no Estado em três níveis de atuação: central, regional e local, tornando-se uma função independente que garantiria a eficiência da tarefa educativa como um todo, por meio do controle da produtividade do trabalho docente.

Agosto -1979

-Decretação do Ato Institucional no.5, chamado AI-5;
-Em 1979, foi assinada a Lei de Anistia Política;
-Em 1979 no II ENSE quando se efetiva o início do processo de abertura política no país, trazendo a revogação do Ato Institucional AI-5, a decretação da anistia aos exilados e presos políticos, a suspensão da censura à imprensa, a concessão do direito de reorganização partidária e o ressurgimento do movimento operário brasileiro;
-Fortalecimento da Supervisão Educacional com uma retomada da prática para a construção de novas diretrizes.

Nos anos 80

-Marcado pela influência do funcionalismo a prática burocrática predominante e a crítica da ação da supervisão chegaram ao nível máximo, a ponto de serem eliminadas das escolas. Em algumas escolas, o papel do supervisor foi absorvido por outros profissionais ou simplesmente extinto;
-O supervisor,no entanto, conseguiu reverter essa situação e manteve-se engajado nas instituições educacionais em diferentes setores;
-Durante a 4ª. Etapa do VII ENSE (Encontro Nacional de Supervisores Escolares) foi elaborado um documento contendo os interesses, as necessidades e os anseios da categoria.deste documento destacamos três pontos importantes:
.valorizar essencialmente a liberdade e a justiça social e seu compromisso com a educação
.revisão das formas de trabalho e novas abordagens da ação supervisora
.afirmar sua importância para promoção de uma educação crítica.

Década de 90

-A escola e a sociedade passa  a ver o supervisor como agente transformador e formador de opinião e segundo LIMA, 2001, sem a conotação de “tecnicismo”;
-De acordo com o artigo 64 da Lei 9394, promulgada em 20 de dezembro de 1996, foi estabelecido que o profissional de supervisão  deve ter sua formação feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação.

Conclusão e Resolução


-Coube assim a Supervisão Educacional promover o diálogo e o debate, focando mais equilíbrio entre teoria e prática, com uma maior liberdade coletiva e organizada para promover o bem comum.
-Criação de duas habilitações (educação Infantil e anos iniciais) com uma exigência curricular de horas mínimas de estágio e atividades acadêmicas, visando desenvolver profissionais melhor preparados  para atuar nas práticas educacionais.

1 de jul. de 2011

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES NA PERSPECTIVA DA CIDADANIA : ESTRATÉGIAS E POSSIBILIDADES.

 Qual a finalidade da escola? Que função social tem o professor? Que estratégias viabilizariam a reconfiguração dos saberes/fazeres docentes frente às demandas sociopolíticas da contemporaneidade no que diz respeito à formação para a cidadania?
Com base nessa informações, podemos destacar que o processo de formação dos professores deve ser contínuo. Nessa direção, Nóvoa (2000) enfatiza que “a formação não ocorre por acumulação (de cursos, de conhecimentos ou de técnicas), mas por um trabalho de reflexividade crítica e de (re) construção permanente de uma identidade pessoal.” (p 48).
Nessa direção, urge conceber a escola como espaço privilegiado para a sistematização de tais direcionamentos, implicando promover dinâmicas coletivas de investigação acerca do trabalho educativo proposto e efetivado pela instituição escolar, fundamentadas na reflexão e interação constantes.
Tomando como base os princípios que se materializam no conceito anteriormente citado, importa à educação escolar tecer práticas informadas por princípios de conduta assentados em valores sociais éticos e humanos de emancipação, tendo por objetivo a formação cidadãos ativos e conscientes. Contudo, tal postura transformadora, como quer Paulo Freire (2006), não se faz para os educandos, mas com eles — caso contrário continuariam estes às franjas de uma prática realmente cidadã. Sendo assim, toda conscientização faz-se, sobretudo, na prática social, com seus sujeitos inclinados a serem mais, completa Freire.
Neste contexto surge o grupo de estudos Diálogos Docentes, composto por 12 professores do Ensino Fundamental e Médio, atuantes na rede pública de ensino do Rio de Janeiro. Tais professores participam de encontros sistematizados quinzenalmente, tendo por objetivos refletir sobre as ações pedagógicas tecidas em seus contextos escolares à luz de variados referenciais teóricos, buscando, com isso, encontrar possibilidades para fomentar uma educação para a cidadania.
No início do projeto, o grupo buscou referenciais teóricos que abordam a temática cidadania, visto que, era necessário conceituá-la teoricamente, identificando, assim, a perspectiva conceitual que irá balizar as futuras dinâmicas organizadas no/pelo Diálogos Docentes.
Ao contrário, na concepção dos professores que participam do grupo de estudos Diálogos Docentes, a educação para a cidadania implica uma resistência face à pressão normativa e normalizadora, do que aparenta ser a neutralidade dos saberes disciplinares quando encarados individualmente (FREITAS, 2005).
Mais uma vez, cabe ressaltar a importância da categoria docente face à construção de tal cenário educativo, sendo pois, urgente identificar estratégias e iniciativas que favoreçam a efetiva implicação de tais sujeitos em seu próprio processo formativo.
Por fim, a educação voltada para cidadania só poderá de fato funcionar se o professor estiver compromissado com o aprendizado do educando e de seu próprio, caso contrário, não teremos espaço para uma perspectiva dinâmica de aprendizagem que priorize o desenvolvimento e a transformação.

Fichamento do texto da prof.ª Flávia Cavalcanti, UCAM

AS TÉCNICAS DE FREINET



TEXTO LIVRE:
Num trabalho educativo, por meio do qual se pretenda atingir o desenvolvimento da escrita, o aluno precisa sentir e compreender a função social dela e a sua razão de existir.
Daí a necessidade de:
- motivá-lo, provocá-lo, para que escreva;
- convencê-lo da importância daquilo que ele tem a dizer;
- conscientizá-lo do valor do seu discurso e da necessidade que cada um tem de se expressar autenticamente;
- ajudá-lo a perder o medo ou a vergonha de dizer o que pensa;
- valorizar suas idéias e ajudá-lo a enriquecê-las;
- levá-lo a perceber que ele não é obrigado a escrever unicamente o que pode agradar ao professor;
- levá-lo a perceber que escrever, quando se experimenta a necessidade de comunicar a alguém o que se traz dentro de si, é também um ato de prazer.
O texto livre é também um instrumento de trabalho. É uma técnica pedagógica que favorece a espontaneidade, a criação, a interação com o meio e a expressão da criança ou do adolescente. É uma oportunidade para o aluno se mostrar e, conseqüentemente, uma maneira do professor conhecê-lo melhor. O texto livre é uma técnica que tem suas bases firmadas na vida do aluno, no seu meio, na sua afetividade, naquilo que ele traz em si de criador, de dinâmico, de inteligente, de humano. Estimula o diálogo entre diferentes valores culturais.
A necessidade de expressar-se gera o texto.
Cabe ao professor garantir um espaço para a comunicação dos textos. São, portanto, fixados dias, horários e número de vagas para as sessões de leitura e comunicação de textos livres.
Os alunos, espontaneamente, se apresentam para procederem à leitura de seus textos.
Efetuada a leitura, a classe discute, comenta e questiona o texto com o seu autor. Ao observar as mais variadas reações e posições, ao criticar e ser criticado, ao elogiar e ser elogiado, o aluno poderá, pouco a pouco, sem que nada lhe seja imposto, reformular seu pensamento, sua maneira de ver o mundo, sua concepção sobre a língua.
Exemplo de registro de textos livres:

Nome do aluno:__________________
Data
Título do texto








JORNAL ESCOLAR:
Uma trajetória que o texto livre pode percorrer é a de transformar-se numa página do jornal da classe.
Neste caso, os textos escolhidos são trabalhados (forma e conteúdo) coletivamente, impressos e duplicados, compondo uma coletânea de textos da classe, que, posteriormente, é difundida para o público leitor.
É, portanto, a expressão fiel dos principais interesses da classe, representada por essa coletânea de textos e desenhos criados, aperfeiçoados e impressos pelos próprios alunos, que constitui o conteúdo do jornal.
O que se pretende com a prática do jornal escolar não é, pois, produzir uma imitação ou um substituto para o jornal comercialmente editado pela imprensa institucionalizada. A intenção, de fato, é:
- reconhecer, respeitar, valorizar a expressão e o trabalho do grupo-classe e de cada um de seus elementos;
- promover a ampliação da rede de comunicação e de interações existentes na classe, para que a palavra do aluno possa romper os limites da sala de aula e atingir outras classes, a família, os amigos, outras escolas, a comunidade;
- aproveitar a força motivadora para a criação de textos livres emanada da prática do jornal escolar.
O aluno sabe que, ao ser publicado no jornal da classe, seu texto será lido por diferentes pessoas. Isso o leva a compreender e a se preocupar com a necessidade de empregar “fórmulas” precisas e claras para melhor eficiência da transmissão de suas mensagens e também a assumir a responsabilidade pelo conteúdo delas.

FICHÁRIO ESCOLAR:
O fichário compõe-se de um conjunto de exercícios distribuídos em fichas classificadas, agrupadas e numeradas de acordo com o assunto a que se referem.
São dois conjuntos de fichas: um contendo as propostas dos exercícios e outro contendo os exercícios resolvidos para autocorreção.
O aluno transcreve e responde o exercício da ficha no seu caderno de exercícios. Resolvido o exercício, o aluno recorre à ficha de correção, verifica o número de acertos e, de acordo com a tabela de avaliação constante da ficha, atribui uma menção para seu exercício.
Para que possa melhor acompanhar e controlar o seu trabalho, o aluno registra na sua ficha de controle, a data, o código da ficha trabalhada, o item ou assunto a que se refere e o resultado obtido.
O professor, periodicamente, inteira-se do andamento dessa atividade com o aluno.
Exemplo de ficha de exercício:
ORTOGRAFIA E.-ORT.- 6
Complete com mal ou mau:
a) Fui muito ................ com ela, pois acho que a tratei muito .....................
b) Saí-me muito .............nas provas e vou obter um ................resultado
c) Ainda que ...........lhe pergunte: Qual é o ...........que os aflige?
d) Não seja tão ..............., Pedrinho!

A ficha de autocorreção é uma réplica da ficha de exercícios, contendo as respostas e a tabela de menções.
Exemplo de ficha para controle deste trabalho:

Nome: ___________________________________ Mês de _____________
Código da ficha
Assunto
Conceito
Observações














BIBLIOTECA DE CLASSE:
Possibilitar que o aluno vivencie a condição de autor (texto livre e jornal escolar) significa também motivá-lo a assumir a condição de leitor. O desejo de ler, manifestado pelo aluno-autor precisa ser freqüentemente estimulado e não enfraquecido com a imposição de leituras inadequadas à sua capacidade, ao seu interesse, ás suas necessidades. Obrigar a ler não significa motivar.
O incentivo à leitura requer, além de uma orientação personalizada, um contato mais direto com livros. O contato direto com livros torna-se viável na prática com a biblioteca de classe, pois é por meio dela que se dá aos alunos a oportunidade de:
- tocar, folhear e escolher seus livros de leitura;
- conhecer o funcionamento de uma biblioteca, catalogando livros e organizando fichários;
- consultar catálogos das editoras;
comentar e ouvir comentários - de colegas e do professor - sobre diferentes obras.
A criação de espaço para a troca de comentários sobre as leituras feitas é fundamental quando se pretende estimular e desenvolver o gosto pela leitura.

Exemplo de fichas que podem ser utilizadas na biblioteca de classe:
1. Cartão de identificação da obra para controle de retiradas:

Título do livro: ___________________
Autor: __________________________
Data da retirada
Aluno
Devolução










2. Cartão do aluno para retirada de livros:
BIBLIOTECA DE CLASSE
Ano: ___________ Turma: _______
Aluno: _____________________________
Dev.
Livro
Ass.










3. Ficha de controle de leitura:
Aluno:_____________________________ Turma: ________
Ret.
Dev.
Título
Observações













Ao final de cada bimestre os alunos responsáveis pela biblioteca de classe podem elaborar um gráfico de retirada de livros, que fica exposto na sala e funciona como instrumento motivador para a leitura.

PROJETOS:
A denominação “projetos” é atribuída ao conjunto de ações que visam à concretização de um objetivo, como, por exemplo, a montagem de uma exposição.
Os projetos, individuais ou coletivos, podem ser propostos pelos alunos ou pelo professor. Costuma nascer de uma discussão provocada por um fato ou por um tema abordado em classe, de uma idéia lançada por um aluno ou por um grupo.
O tempo destinado a sua execução dependerá da complexidade que envolve a sua realização ou da natureza do objetivo fixado.

REUNIÃO DE COOPERATIVA:
A reunião de cooperativa ocorre periodicamente, com datas e horários prefixados e atende a 3 preocupações básicas:
- abordar, analisar, rever periodicamente diferentes aspectos do relacionamento do grupo no desenvolvimento dos trabalhos de classe;
- planejar e organizar os trabalhos a serem desenvolvidos num determinado espaço de tempo ( uma semana, por exemplo);
- avaliar os resultados obtidos na execução do plano de trabalho conjuntamente elaborado.
Reserva-se uma aula semanal, no início ou no final da semana para a reunião de cooperativa. Nos dias que antecedem a reunião, os alunos e o professor expressam, por meio de bilhetes devidamente identificados, críticas, felicitações e sugestões referentes aos mais diversos aspectos relativos ao andamento dos trabalhos escolares. Tais bilhetes são colocados em diferentes envelopes (1 para propostas, 1 para críticas e outro para as felicitações) dispostos na sala de aula para esse fim ou colados no “jornal mural”. O conteúdo desses bilhetes constitui a pauta da reunião.
Por meio de votação ou de indicação, compõe-se a equipe responsável pelos trabalhos da reunião:
1. Ao presidente cabe:
- ler em voz alta o conteúdo de cada bilhete para discussão;
- controlar o uso da palavra;
- garantir a ordem e a disciplina na reunião.
2. Ao vice-presidente cabe:
- agrupar os bilhetes por semelhanças de temas ou assuntos e entregá-los ao presidente para leitura;
destruir os bilhetes anônimos porventura existentes; (a problemática do bilhete anônimo é previamente discutida com os alunos e, assim, se esclarece a razão da regra: não se lê, nem se discute o conteúdo de um bilhete anônimo);
3. Ao secretário cabe responsabilizar-se pelo registro escrito das decisões tomadas.
4. Ao vice-secretário cabe ocupar-se com a colagem dos bilhetes no caderno de reuniões, à medida que eles vão sendo lidos e discutidos.
O presidente inicia a reunião solicitando ao secretário a leitura do registro das decisões tomadas na reunião anterior, analisando-se e discutindo-se a viabilidade da manutenção destas decisões.
Após a leitura de cada bilhete, o presidente passa, inicialmente, a palavra a quem o escreveu. Depois a palavra é dada a todos os que desejarem se manifestar sobre o assunto.
É importante conscientizar os alunos de que:
- o objetivo da reunião é possibilitar uma convivência grupal mais harmoniosa, para favorecer o crescimento de cada um;
- a intenção não é transformar as reuniões num tribunal ou campo de batalha;
- as colocações precisam ser feitas de maneira construtiva e não com o intuito de julgar, ofender, magoar ou destruir os colegas.
Caso o bilhete contenha uma proposta, o grupo decide sobre sua aprovação ou não.
Os trabalhos das reuniões se desenvolvem até que todos os bilhetes sejam lidos e discutidos ou até que se esgote o tempo previsto para sua realização. Esgotado esse tempo, os bilhetes que porventura não tenham sido lidos ou discutidos são rasgados. A adoção desta norma é previamente discutida com os alunos. Os autores dos bilhetes não lidos podem, se julgarem necessário, reescrevê-los e recolocá-los em discussão na reunião seguinte. Esse procedimento é adotado no sentido de levar os alunos a perceberem:
- a limitação imposta pelo tempo;
- a importância da brevidade e da concisão para se garantir a existência de um maior número de intervenções;
- a necessidade de cada um em adotar uma postura mais seletiva com relação ao conteúdo dos bilhetes, em função do interesse e da importância que os assuntos possam ter para o grupo.


AULA PASSEIO:
A técnica da aula passeio, seja qual for o objetivo da saída, deve ser encarada com muita responsabilidade, pois ao fazer os planos para o passeio, preparar os materiais necessários, estar atento ao roteiro da viagem, participar das tarefas durante a saída, o aluno, além de viver um aprendizado natural e agradável, tem a oportunidade de ampliar as formas de relacionamento com os colegas, professores e acompanhantes.
As aulas passeio podem visar diferentes objetivos e, de acordo com eles pode constituir um passeio-informação, um passeio-repouso ou um passeio-estadia.

JORNAL MURAL:
Nas classes Freinet, as paredes são vivas. Isto significa que cada espaço é ocupado por alguma coisa considerada importante pelos alunos e pelo professor e, permanentemente, renovado, conforme a necessidade.
Em cada classe as formas e as soluções encontradas são diferentes, pois cada grupo é único: as paredes vão se enchendo de desenhos, gráficos, painéis, segundo os objetivos de cada grupo.
O painel mais importante, montado por todas as classes, é aquele a que chamam jornal mural, que guarda os bilhetes para a reunião de cooperativa. Num canto especial é colocada uma folha grande, que é trocada semanalmente. Os responsáveis pelo jornal dividem a folha em três grandes colunas, cada uma com seu título: “Eu felicito”, “Eu Critico” e “Eu proponho”.

CANTINHOS:
Na sala de aula, além dos trabalhos coletivos ou dos dirigidos pelo professor, são previstos diferentes “cantinhos” de atividades onde os mais diferentes materiais são colocados à disposição dos alunos para favorecer os tateios e os intercâmbios entre os alunos: desenho/ escrita, recorte/colagem, dobradura, biblioteca, modelagem, matemática, pintura, jogos, ciências, etc.
Este momento de trabalho diversificado é previsto, justamente, para que cada criança, de acordo com sua vontade e seu ritmo individual, realize as mais variadas experiências e manipule os mais diferentes materiais. Como o professor não pode estar em todos os cantinhos ao mesmo tempo, as crianças acabam tentando e descobrindo sozinhas ou com a ajuda de um colega ou de um grupo, a solução para muitos dos problemas surgidos no decorrer de seus trabalhos, o que, sem dúvida, favorece o desenvolvimento da autonomia e da prática da ajuda mútua.

LIVRO DA VIDA:
Em cada aula, um voluntário registra no caderno de relatórios as atividades desenvolvidas.
Na aula seguinte esse relatório é lido para a classe por um dos alunos ou pelo professor. Essa leitura costuma atrair muita atenção.
Por meio desses relatórios, os alunos, de forma bastante espontânea, manifestam sua visão da aula, sua opinião a respeito das atividades realizadas e da atuação dos colegas e do professor.
Após a leitura, é feita, pelo grupo, uma rápida apreciação crítica a respeito do relatório.
O relatórios, além de constituírem um excelente exercício de redação, fornecem aos alunos e ao professor dados concretos para a análise da evolução dos trabalhos desenvolvidos ao longo do curso e para a verificação do aprimoramento da qualidade da expressão escrita e da composição do próprio relatório.

BIBLIOGRAFIA:
SANTOS, Maria Lúcia dos - A expressão livre no aprendizado da Língua Portuguesa - Pedagogia Freinet, São Paulo: Scipione, 1991.
Técnica Freinet - Rio de Janeiro: Vivendo e Aprendendo - Núcleo de Educação Dinâmica LTDA, s/data.

30 de jun. de 2011

A EMPRESA QUE APRENDE

Adaptação do texto da Diretora do Colégio Esil Educacional e Especialista em Gestão de
Negócios , Débora Dias Gomes, publicado na
Revista HIFEN(março/abril de 2000),
A ESCOLA QUE APRENDE”


“...Durante muitos anos, graças a uma míope estratégia, as pessoas foram treinadas para “aprender a não aprender”. Sabemos da dupla responsabilidade do setor educacional neste movimento. O de agir de forma preventiva na formação do cidadão com suas competências e habilidades e o de resgatar potenciais adormecidos em seus profissionais. Aprender como se aprende, aprender a pensar, dominar linguagens, argumentar, solucionar problemas, tomar decisões e elaborar propostas deveriam ser competências – referência para compor os principais critérios na avaliação do desempenho empresarial. Mas na maioria dos casos, a obrigação do aprendente é decorar teorias do passado, fatos e dados, como se fossem livros de auto-ajuda para os problemas do futuro. Ninguém aprendeu a gerenciar as informações , só a recebê-las passivamente.

Stephen Kanitz, adminstrador, escreveu na revista Veja, na coluna Ponto de Vista, Harward sobre sua experiência na School. Ao chegar lá, recebeu a misssão de estudar alguns “casos”, e como se fosse um consultor, ele deveria pensar soluções para os problemas empresariais evidentes nos casos.
(...) Num mundo cada vez mais mutável, em que s interrelações entre as variáveis contigenciais nunca são as mesmas, ensinar fatos e teorias somente será de pouca utilidade para qualquer profissional no futuro. E esta constatação é o primeiro problema que enfrentamos para implementar “uma organização de aprendizagem”. As pessoas, inclusive a alta direção, não estão preparadas para mudança.
(...) A verdade é que de uma hora para outra, em face das rápidas mudanças que vêm ocorrendo na sociedade, as pessoas precisam aprender a aprender para resolver problemas pessoais e empresariais/institucionais. O risco é que durante a transição da não-aprendizagem para a aprendizagem tudo pode acontecer – até mesmo o desaparecimento da empresa.  

20 de fev. de 2011

A importância do Plano de Aula


A realização do planejamento é imprescindível 
no processo de ensino-aprendizagem
O planejamento está presente em quase todas as nossas ações, pois ele norteia a realização das atividades. Portanto, o mesmo é essencial em diferentes setores da vida social, tornando-se imprescindível também na atividade docente.

O planejamento de aula é de fundamental importância para que se atinja êxito no processo de ensino-aprendizagem. A sua ausência pode ter como consequência, aulas monótonas e desorganizadas, desencadeando o desinteresse dos alunos pelo conteúdo e tornando as aulas desestimulantes.

De acordo com Libâneo “o planejamento escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das atividades didáticas em termos de organização e coordenação em face dos objetivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino”. Portanto, o planejamento de aula é um instrumento essencial para o professor elaborar sua metodologia conforme o objetivo a ser alcançado, tendo que ser criteriosamente adequado para as diferentes turmas, havendo flexibilidade caso necessite de alterações.

Porém, apesar da grande importância do planejamento de aula, muitos professores optam por aulas improvisadas, o que é extremamente prejudicial no ambiente de sala de aula, pois muitas vezes as atividades são desenvolvidas de forma desorganizada, não havendo assim, compatibilidade com o tempo disponível.

Entre os elementos que devem compor um plano de aula estão:

- clareza e objetividade;
- Atualização do plano periodicamente;
- Conhecimento dos recursos disponíveis da escola;
- Noção do conhecimento que os alunos já possuem sobre o conteúdo abordado;
- Articulação entre a teoria e a prática;
- Utilização de metodologias diversificadas, inovadoras e que auxiliem no processo de ensino-aprendizagem;
- Sistematização das atividades com o tempo;
- Flexibilidade frente a situações imprevistas;
- Realização de pesquisas buscando diferentes referências, como revistas, jornais, filmes entre outros;
- Elaboração de aulas de acordo com a realidade sociocultural dos estudantes.

Portanto, o bom planejamento das aulas aliado à utilização de novas metodologias (filmes, mapas, poesias, músicas, computador, jogos, aulas práticas, atividades dinâmicas, etc.) contribui para a realização de aulas satisfatórias em que os estudantes e professores se sintam estimulados, tornando o conteúdo mais agradável com vistas a facilitar a compreensão.

Fonte: http//brasilescola.com

27 de ago. de 2010

CARACTERÍSTICAS DAS CRIANÇAS

Desenvolvimento Físico:
• Processo de fortalecimento gradual dos músculos e do sistema nervoso: os movimentos bruscos e descontrolados iniciais vão dando lugar a um controle progressivo da cabeça, dos membros e do tronco;
• Por volta das 8 semanas é capaz de levantar a cabeça sozinho durante poucos segundos, deitado de barriga para baixo;
• Controle completo da cabeça por volta dos 4 meses: deitado de costas, levanta a cabeça durante vários segundos; deitado de barriga para baixo começa a elevar-se com apoio das mãos e dos braços e virando a cabeça;
• Por volta dos 4 meses o controle das mãos é mais fino, sendo capaz de segurar num brinquedo;
• Entre os 4 e os 6 meses utiliza os membros para se movimentar, rolando para trás e para frente; apresenta também maior eficácia em alcançar e agarrar o que quer ou a posicionar-se no chão para brincar;
• Desenvolve o seu próprio ritmo de alimentação, sono e eliminação;
• Desenvolvimento progressivo da visão;
• Com 1 mês, é capaz de focar objetos a 90 cm de distância;
• Progressivamente será capaz de utilizar os dois olhos para focar um objeto próximo ou afastado, bem como de seguir a deslocação dos objetos ou pessoas;
• Entre os 4 e os 6 meses a visão e a coordenação olho-mão encontram-se próximas da do adulto;
• Desenvolvimento da função auditiva;
• Entre os 2 e os 4 meses, o bebê reage aos sons e às alterações do tom de voz das pessoas que o rodeiam;
• Por volta dos 4-6 meses, possui já uma grande sensibilidade às modulações nos tons de voz que ouve;
Desenvolvimento Intelectual:
• A aprendizagem faz-se sobre tudo através dos sentidos;
• Vocaliza espontaneamente, sobretudo quando está em relação;
• A partir dos 4 meses, começa a imitar alguns sons que ouve à sua volta;
• Por volta do 6º mês, compreende algumas palavras familiares (o nome dele, "mamã", "papá"...), virando a cabeça quando o chamam; 
Desenvolvimento Social:
• Distingue a figura cuidadora das restantes pessoas com quem se relaciona, estabelecendo com ela uma relação privilegiada;
• Fixa o rostos e sorri (aparecimento do 1º sorriso social por volta das 6 semanas);
• Aprecia situações sociais com outras crianças ou adultos;
• Por volta dos 4 meses: capacidade de reconhecimento das pessoas mais próximas, o que influencia a forma como se relaciona com elas, tendo reações diferenciadas consoante a pessoa com quem interage. É também capaz de distinguir pessoas conhecidas de estranhos, revelando preferência por rostos familiares; 
Desenvolvimento Emocional:
• Manifesta a sua excitação através dos movimentos do corpo, mostrando prazer ao antecipar a alimentação ou o colo;
• O choro é a sua principal forma de comunicação, podendo significar estados distintos (sono, fome, desconforto...);
• Apresenta medo perante barulhos altos ou inesperados, objetos, situações ou pessoas estranhas, movimentos súbitos e sensação de dor;
 Característica da faixa etária dos 6 aos 12 meses
Desenvolvimento Físico:
• Desenvolvimento da motricidade: os músculos, o equilíbrio e o controlo motor estão mais desenvolvidos, sendo capaz de se sentar direito sem apoio e de fazer as primeiras tentativas de se pôr de pé, agarrando-se a superfícies de apoio;
• A partir dos 8 meses, consegue arrastar-se ou gatinhar;
• A partir dos 9 meses poderá começar a dar os primeiros passos, apoiando-se nos móveis;
• Desenvolvimento da preensão: entre os 6 e os 8 meses, é capaz de segurar os objetos de forma mais firme e estável e de manipulá-los na mão; por volta dos 10 meses, é já capaz de meter pequenos pedaços de comida na boca sem ajuda, é capaz de bater com dois objetos um no outro, utilizando as duas mãos, bem como adquire o controle do dedo indicador (aprende a apontar);  
Desenvolvimento Intelectual:
• A aprendizagem faz-se sobre tudo através dos sentidos, principalmente através da boca;
• Desenvolvimento da noção de permanência do objeto, ou seja, a noção de que uma coisa continua a existir mesmo que não a consiga ver;
• Vocalizações;
• Os gestos acompanham as suas primeiras "conversas", exprimindo com o corpo aquilo que quer ou sente (por ex., abre e fecha as mãos quando quer uma coisa);
• Alguns dos seus sons parecem-se progressivamente com palavras, tais como "mamã" ou "papá" e ao longo dos próximos meses o bebê vai tentar imitar os sons familiares, embora inicialmente sem significado;
• A partir dos 8 meses: desenvolvimento do, acrescentando novos sons ao seu vocabulário. Os sons das suas vocalizações começam a acompanhar as modulações da conversa dos adultos - utiliza "mamã" e "papá" com significado;
• Nesta fase, o bebê gosta que os objetos sejam nomeados e começa a reconhecer palavras familiares como "papa", "mamã", "adeus", sendo progressivamente capaz de associar ações a determinadas palavras (por ex: tchau-tchau" - acenar);
• A partir dos 10 meses, a noção de causa-efeito encontra-se já bem desenvolvida: o bebê sabe exatamente o que vai acontecer quando bate num determinado objeto (produz som) ou quando deixa cair um brinquedo (o pai ou a mãe apanha-o). Começa também a relacionar os objetos com o seu fim (por ex., coloca o telefone junto ao ouvido);
• Progressiva melhoria da capacidade de atenção e concentração: consegue manter-se concentrado durante períodos de tempo cada vez mais longos;
• A primeira palavra poderá surgir por volta dos 10 meses;  
Desenvolvimento Social:
• O bebê está mais sociável, procurando ativamente a interação com quem o rodeia (através das vocalizações, dos gestos e das expressões faciais);
• Manifesta comportamentos de imitação, relativamente a pequenas ações que vê os adultos fazer (por ex., lavar a cara, escovar o cabelo, etc.);
• A partir dos 10 meses, maior interesse pela interação com outros bebês; 
Desenvolvimento Emocional:
• Formação de um forte laço afetivo com a figura materna (cuidadora) - Vinculação;
• Presença de ansiedade de separação, que se manifesta quando é separado da mãe, mesmo que por breves instantes - trata-se de uma ansiedade normal no desenvolvimento emocional do bebê;
• Presença de ansiedade perante estranhos: sendo igualmente uma etapa normal do desenvolvimento emocional do bebê, manifesta-se quando pessoas desconhecidas o abordam diretamente;
• A partir dos 8 meses, maior consciência de si próprio;
• Nesta fase é comum os bebês mostrarem preferência por um determinado objeto (um cobertor ou uma pelúcia, por ex.), o qual terá um papel muito importante na vida do bebê - ajuda a adormecer, é objeto de reconforto quando está triste, etc.;
 Característica da faixa etária de 01 aos 02 anos
  Desenvolvimento Físico:
• Começa a andar, sobe e desce escadas, sobe os móveis, etc. - o equilíbrio é inicialmente bastante instável, uma vez que os músculos das pernas não estão ainda bem fortalecidos. Contudo, a partir dos 16 meses, o bebê já é capaz de caminhar e de se manter de pé em segurança, com movimentos muito mais controlados;
• Melhoria da motricidade fina devido à prática - capacidade de segurar um objeto, o manipula, passa de uma mão para a outra e o larga deliberadamente. Por volta dos 20 meses, será capaz de transportar objetos na mão enquanto caminha;
Desenvolvimento Intelectual:
• Maior desenvolvimento da memória, através da repetição das atividades - permite-lhe antecipar os acontecimentos e retomar uma atividade momentaneamente interrompida, à qual dedica um maior tempo de concentração. Da mesma forma, através da sua rotina diária, o bebê desenvolve um entendimento das seqüências de acontecimentos que constituem os seus dias e dos seus pais;
• Exibe maior curiosidade: gosta de explorar o que o rodeia;
• Compreende ordens simples, inicialmente acompanhadas de gestos e, a partir dos 15 meses, sem necessidade de recorrer aos gestos;
• Embora possa estar ainda limitada a uma palavra de cada vez, a linguagem do bebê começa a adquirir tons de voz diferentes para transmitir significados diferentes. Progressivamente, irá sendo capaz de combinar palavras soltas em frases de 2 palavras;
• É capaz de acompanhar pedidos simples, como por ex. "dá-me a caneca";
• As experiências físicas que vai fazendo ajudam a desenvolver as capacidades cognitivas. Por exemplo, por volta dos 20 meses;
• Sabe que um martelo de brincar serve para bater e já o deve utilizar;
• Consegue estabelecer a relação entre um carrinho de brincar e o carro da família;
• Entre os 20 e os 24 meses é também capaz de brincar ao faz-de-conta (por ex., finge que deita chá de um bule para uma xícara, põe açúcar e bebe - recorda uma seqüência de acontecimentos e faz de conta que os realiza como parte de um jogo). A capacidade de fazer este tipo de jogos indica que está a começar a compreender a diferença entre o que é real e o que não é; 
Desenvolvimento Social:
• Aprecia a interação com adultos que lhe sejam familiares, imitando e copiando os comportamentos que observa;
• Maior autonomia: sente satisfação por estar independente dos pais quando inserida num grupo de crianças, necessitando apenas de confirmar ocasionalmente a sua presença e disponibilidade - esta necessidade aumenta em situações novas, surgindo uma maior dependência quando é necessária uma nova adaptação;
• As suas interações com outras crianças são ainda limitadas: as suas brincadeiras decorrem sobre tudo em paralelo e não em interação com elas;
• A partir dos 20-24 meses, e à medida que começa a ter maior consciência de si própria, física e psicologicamente, começa a alargar os seus sentimentos sobre si próprio e sobre os outros - desenvolvimento da empatia (começa a ser capaz de pensar sobre o que os outros sentem);
Desenvolvimento Emocional:
•Grande reatividade ao ambiente emocional em que vive: mesmo que não o compreenda, apercebe-se dos estados emocionais de quem está próximo dele, sobre tudo os pais;
• Está a aprender a confiar, pelo que necessita de saber que alguém cuida dela e vai de encontro às suas necessidades;
• Desenvolve o sentimento de posse relativamente às suas coisas, sendo difícil partilhá-las;
• Embora esteja normalmente bem disposta, exibe por vezes alterações de humor ("birras");
• É bastante sensível à aprovação/desaprovação dos adultos;
Característica da faixa etária dos 2 aos 3 anos
Desenvolvimento Físico:
• À medida que o seu equilíbrio e coordenação aumentam, a criança é capaz de saltar ou saltar de um pé para o outro quando está a correr ou a andar;
• É mais fácil manipular e utilizar objetos com as mãos, como um lápis de cor para desenhar ou uma colher para comer sozinha;
• Começa gradualmente a controlar os esfíncteres (primeiro os intestinos e depois a bexiga);  
Desenvolvimento Intelectual:
• Fase de grande curiosidade, sendo muito freqüente a pergunta "Por quê?";
• À medida que se desenvolvem as suas competências lingüísticas, a criança começa a exprimir-se de outras formas, que não apenas a exploração física - trata-se de juntar as competências físicas e de linguagem (por ex., quando faço isto, acontece aquilo), o que ajuda ao seu desenvolvimento cognitivo;
• É capaz de produzir regularmente frases de 3 e 4 palavras. A partir dos 32 meses, já capaz de conversar com um adulto usando frases curtas e de continuar a falar sobre um assunto por um breve período;
• Desenvolvimento da consciência de si: a criança pode referir-se a si própria como "eu" e pode conseguir descrever-se por frases simples, como "tenho fome";
• A memória e a capacidade de concentração aumentaram (a criança é capaz de voltar a uma atividade que tinha interrompido, mantendo-se concentrada nela por períodos de tempo mais longos);
• A criança está a começar a formar imagens mentais das coisas, o que a leva à compreensão dos conceitos - progressivamente, e com a ajuda dos pais, vai sendo capaz de compreender conceitos como dentro e fora, cima e baixo;
• Por volta dos 32 meses, começa a apreender o conceito de seqüências numéricas simples e de diferentes categorias (por ex., é capaz de contar até 10 e de formar grupos de objetos - 10 animais de plástico podem ser 3 vacas, 5 porcos e 3 cavalos); 
Desenvolvimento Social:
• A mãe é ainda uma figura muito importante para a segurança da criança, não gostando de estranhos. A partir dos 32 meses, a criança já deve reagir melhor quando é separada da mãe, para ficar à guarda de outra pessoa, embora algumas crianças consigam este progresso com menos ansiedade do que outras;
• Imita e tenta participar nos comportamentos dos adultos: por ex., lavar a louça, maquiar-se, etc.;
• É capaz de participar em atividades com outras crianças, como por exemplo, ouvir histórias; 
Desenvolvimento Emocional:
• Inicialmente o leque de emoções é vasto, desde o puro prazer até a raiva frustrada. Embora a capacidade de exprimir livremente as emoções seja considerada saudável, a criança necessitará de aprender a lidar com as suas emoções e de saber que sentimentos são adequados, o que requer prática e ajuda dos pais;
• Nesta fase, as birras são uma das formas mais comuns da criança chamar a atenção – geralmente deve-se a mudanças ou a acontecimentos, ou ainda a uma resposta aprendida (as birras costumam estar relacionadas com a frustração da criança e com a sua incapacidade de comunicar de forma eficaz);
Características da faixa etária dos 03 aos 04 anos
Desenvolvimento Físico:
• Grande atividade motora: corre, salta, começa a subir escadas, pode começar a andar de triciclo; grande desejo de experimentar tudo;
• Embora ainda não seja capaz de amarrar sapatos, veste-se sozinha razoavelmente bem;
• É capaz de comer sozinha com uma colher ou um garfo;
• Copia figuras geométricas simples;
• É cada vez mais independente ao nível da sua higiene; é já capaz de controlar os esfíncteres (sobretudo durante o dia);   
Desenvolvimento Intelectual: 
• Compreende a maior parte do que ouve e o seu discurso é compreensível para os adultos;
• Utiliza bastante a imaginação: início dos jogos de faz-de-conta e dos jogos de papéis;
• Compreende o conceito de "dois";
• Sabe o nome, o sexo e a idade;
• Repete seqüências de 3 algarismos;
• Começa a ter noção das relações de causa e efeito;
• É bastante curiosa e investigadora;
Desenvolvimento Social: 
• É bastante sensível aos sentimentos dos que a rodeiam relativamente a si própria;
• Tem dificuldade em cooperar e partilhar;
• Preocupa-se em agradar os adultos que lhe são significativos, sendo dependente da sua aprovação e afeto;
• Começa a aperceber-se das diferenças no comportamento dos homens e das mulheres;
• Começa a interessar-se mais pelos outros e a integrar-se em atividades de grupo com outras crianças;  
Desenvolvimento Emocional:
• É capaz de se separar da mãe durante curtos períodos de tempo;
• Começa a desenvolver alguma independência e autoconfiança;
• Pode manifestar medo de estranhos, de animais ou do escuro;
• Começa a reconhecer os seus próprios limites, pedindo ajuda;
• Imita os adultos;  
Desenvolvimento Moral:
• Começa a distinguir o certo do errado;
• As opiniões dos outros, acerca de si própria assumem grande importância para a criança;
• Consegue controlar-se de forma mais eficaz e é menos agressiva;
• Utiliza ameaças verbais extremas, como por exemplo: "eu te mato!", sem ter noção das suas implicações;   
Característica da faixa etária dos 04 aos 05 anos  
Desenvolvimento Físico:
• Rápido desenvolvimento muscular;
• Grande atividade motora, com maior controle dos movimentos;
• Consegue escovar os dentes, pentear-se e vestir-se com pouca ajuda;  
Desenvolvimento Intelectual:
• Adquiriu já um vocabulário alargado, constituído por 1500 a 2000 palavras; manifesta um grande interesse pela linguagem, falando incessantemente;
• Compreende ordens com frases na negativa;
• Articula bem consoantes e vogais e constrói frases bem estruturadas;
• Exibe uma curiosidade insaciável, fazendo inúmeras perguntas;
• Compreende as diferenças entre a fantasia e a realidade;
• Compreende conceitos de número e de espaço: "mais", "menos", "maior", "dentro", "debaixo", "atrás";
• Começa a compreender que os desenhos e símbolos podem representar objetos reais;
• Começa a reconhecer padrões entre os objetos: objetos redondos, objetos macios, animais...
Desenvolvimento Social:
• Gosta de brincar com outras crianças; quando está em grupo, poderá ser seletiva acerca dos seus companheiros;
• Gosta de imitar as atividades dos adultos;
• Está a aprender a partilhar, a aceitar as regras e a respeitar a vez do outro; 
Desenvolvimento Emocional:
• Os pesadelos são comuns nesta fase;
• Tem amigos imaginários e uma grande capacidade de fantasiar;
• Procura frequentemente testar o poder e os limites dos outros;
• Exibe muitos comportamentos desafiantes e opositores;
• Os seus estados emocionais alcançam os extremos: por ex., é desafiante e depois bastante envergonhada;
• Tem uma confiança crescente em si própria e no mundo;
Desenvolvimento Moral:
•Tem maior consciência do certo e errado, preocupando-se geralmente em fazer o que está certo; pode culpar os outros pelos seus erros (dificuldade em assumir a culpa pelos seus comportamentos);
Características da faixa etária dos 5 aos 6 anos  
Desenvolvimento Físico: 
• A preferência manual está estabelecida;
• É capaz de se vestir e despir sozinha;
• Assegura sua higiene com autonomia;
• Pode manifestar dores de estômago ou vômitos quando obrigada a comer comidas de que não gosta; tem preferência por comida pouco elaborada, embora aceite uma maior variedade de alimentos;   
Desenvolvimento Intelectual:
• Fala fluentemente, utilizando corretamente o plural, os pronomes e os tempos verbais;
• Grande interesse pelas palavras e a linguagem;
• Pode gaguejar se estiver muito cansada ou nervosa;
• Segue instruções e aceita supervisão;
• Conhece as cores, os números, etc.
• Capacidade para memorizar histórias e repeti-las;
• É capaz de agrupar e ordenar objetos tendo em conta o tamanho (do menor ao maior);
• Começa a entender os conceitos de "antes" e "depois", "em cima" e "em baixo", etc., bem como conceitos de tempo: "ontem", "hoje", "amanhã";
Desenvolvimento Social:
• A mãe é ainda o centro do mundo da criança, pelo que poderá recear a não voltar a vê-la após uma separação;
• Copia os adultos;
• Brinca com meninos e meninas;
• Está mais calma, não sendo tão exigente nas suas relações com os outros; é capaz de brincar apenas com outra criança ou com um grupo de crianças, manifestando preferência pelas crianças do mesmo sexo;
• Brinca de forma independente, sem necessitar de uma constante supervisão;
• Começa a ser capaz de esperar pela sua vez e de partilhar;
• Conhece as diferenças de sexo;
• Aprecia conversar durante as refeições;
• Começa a interessar-se por saber de onde vêm os bebês;
• Está numa fase de maior conformismo, sendo crítica relativamente aqueles que não apresentam o mesmo comportamento;
Desenvolvimento Emocional:
• Pode apresentar alguns medos: do escuro, de cair, de cães ou de dano corporal, embora esta não seja uma fase de grandes medos;
• Se estiver cansada, nervosa ou chateada, poderá apresentar alguns dos seguintes comportamentos: roer as unhas, piscar repetidamente os olhos, fungar, etc.;
• Preocupa-se em agradar aos adultos;
• Maior sensibilidade relativamente às necessidades e sentimentos dos outros;
• Envergonha-se facilmente;
Desenvolvimento Moral:
• Devido à sua grande preocupação em fazer as coisas bem e em agradar, poderá por vezes mentir ou culpar os outros de comportamentos reprováveis.
“Aprendemos sobre o jeito de ser de cada criança através da forma como se relaciona com seus amigos, seus brinquedos, como manifesta suas vontades e afetos; tolera suas frustrações, através das primeiras expressões gráficas e da linguagem”.   

Texto retirado do site: mundodoabc.com.br          

TESTE DE PRODUÇÃO TEXTUAL PARA O 7º ANO

  Texto I     1)  A relação do car n eirinho com os sintomas da gripe na propaganda se estabelece porque : a) Naldecon estimula a imaginação...