SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO
CE
SANTA RITA DE CÁSSIA
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PROFESSOR (A): Débora Alves
DATA: / /
2014
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9º
ano – 901 - Manhã
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ALUNO (A):
Nº
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NOTA:
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2ª
AVALIAÇÃO DE PORTUGUÊS E LITERATURA
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Leia atentamente os comandos abaixo
antes de responder às questões:
* Use letra legível, evitando
rasuras;
* Não use líquidos
corretivos. O uso de tais corretivos será considerado rasura e implicará
anulação da resposta;
* A interpretação e a leitura das
questões fazem parte da avaliação.
Texto I –(FAETEC 1º sem. /2014)
VALOR
Gustavo Krause
Há duas espécies de
erro: o erro a favor da gente e o erro contra a gente.
O primeiro erro é
fenômeno essencial ao processo de conhecimento, e tem valor. O cientista não o
pode dispensar: para encontrar o
antídoto para determinado veneno, por exemplo, precisa experimentar diferentes
combinações e misturas, testando-as, em controladas doses, em cobaias animais e
humanas, comparando reações e efeitos, até chegar ao antídoto mais eficiente e
menos contraindicado. Na sucessão das experiências há muitos erros, muitos
resultados que não funcionam como se quer – esses erros são indispensáveis para
eliminar alternativas inúteis, e assim aumentar a possibilidade do acerto
final.
O processo
ensaio-e-erro, inclusive, costuma produzir efeitos inesperados, resultantes da
presença do acaso. Através da procura de antídotos se pode chegar a descobertas
imprevisíveis, e mesmo a outras substâncias tão úteis à humanidade quanto os
antídotos.
O canhão de um
encouraçado pretende atingir o porta-aviões inimigo. Seu primeiro tiro respinga
água à direita do porta-aviões. Daí, o artilheiro manobra o canhão para a
esquerda, e o segundo tiro respinga água à esquerda. No terceiro tiro, o
artilheiro está sabendo que a embarcação inimiga não está em qualquer lugar no
mar, e sim num ponto entre as duas tentativas anteriores – logo, ele se
aproxima do alvo.
Os dois primeiros tiros
foram erros. Mas erros a favor do artilheiro, estabelecendo limites
necessários, de modo a se diminuir a possibilidade de outros erros, aumentando
a possibilidade do acerto desejado. Donde, erros indispensáveis.
(...) Entretanto, o erro
deixa de ser indispensável ao processo do conhecimento e passa a ser, ao
contrário, claramente prejudicial, quando se repete. Quando, ao estabelecer o
limite para a procura do acerto, se fixa no próprio limite e interrompe o
processo. Como se o artilheiro, por nervosismo e incompetência, continuasse
acertando água – logo acertariam nele e no seu encouraçado. Como se o cientista
insistisse numa substância que matasse uma cobaia após a outra, desconhecendo o
erro, desconhecendo a necessidade de usar o erro para mudar e procurar acertar.
Eis o erro contra a
gente.
1)
Na primeira frase do texto ocorre a presença de
duas expressões de sentido contrário: a favor / contra. A frase abaixo em que NÃO
ocorre a presença de sentidos opostos é:
(A) Há erros
benéficos e erros maléficos.
(B) Há erros
beneficentes e erros maledicentes.
(C) Há erros
favoráveis e erros desfavoráveis.
(D) Há erros
que ajudam e erros que prejudicam.
(E) Há erros
que são aliados e erros que são adversários.
2)
No segundo parágrafo do texto, o autor cita o
exemplo do cientista que cria um antídoto contra um veneno. Esse exemplo serve,
no texto, para:
(A) comprovar
que há erros que prejudicam.
(B) destacar o
valor do conhecimento científico.
(C) indicar a
necessidade de perseverança nas pesquisas.
(D) mostrar que
a prática deve ser substituída pela teoria.
(E) demonstrar
que alguns erros podem levar a conclusões corretas.
3)
“Há duas espécies de erro: o erro a favor e o erro
contra a gente”. / “O cientista não pode o dispensar: para encontrar o antídoto
para determinado veneno...”. Nesses dois segmentos ocorre o emprego dos
dois-pontos(:), com, respectivamente, as seguintes finalidades:
(A) explicar /
explicar
(B) explicar /
enumerar
(C) enumerar /
explicar
(D) concluir /
enumerar
(E) enumerar /
enumerar
4)
A alternativa que apresenta uma estrutura de
classes de palavras diferente das demais é:
A) cobaias
animais e humanas
B) diferentes
combinações e misturas
C) erros
simpáticos e engraçados
D) intenções
pacifistas e brincalhonas
E) antídoto
mais eficiente e menos contraindicado
5)
“Há duas espécies de erro: o erro a favor da gente
e o erro contra a gente”. Esse é o primeiro parágrafo do texto; no
desenvolvimento, o autor adota a seguinte estratégia:
A) só trata do
“erro contra a gente”.
B) só trata do
“erro a favor da gente”.
C) não trata de
nenhum dos dois erros.
D) trata dos
dois erros simultaneamente.
E) trata dos
dois erros sucessivamente.
6)
“O processo ensaio-e-erro, inclusive, costuma
produzir efeitos inesperados, resultantes da presença do acaso”.
Deduz-se da
leitura desse segmento que:
A) o processo
ensaio-e-erro não leva em conta o acaso.
B) a estratégia
do ensaio-e-erro leva à ocorrência de erros.
C) o acaso
perturba a expectativa do processo ensaio-e-erro.
D) o processo
ensaio-e-erro leva obrigatoriamente ao sucesso.
E) efeitos
inesperados decorrem na aplicação do processo ensaio-e-erro.
7) “Entretanto, o erro deixa de ser
indispensável ao processo do conhecimento e passa a ser, ao contrário,
claramente prejudicial, quando se repete”.
O conectivo em
destaque só NÃO corresponde semanticamente a:
(A) No entanto
(B) Contudo
(C) De fato
(D) Porém
(E) Mas
8) Observe a oração do anúncio e classifique-a:
(A) coordenada sindética conclusiva
(B) coordenada sindética aditiva
(C) coordenada sindética alternativa
(D) coordenada sindética adversativa
(E) coordenada sindética explicativa
9) A conjunção “e” normalmente
é usada como conjunção coordenada aditiva. No entanto, em uma das alternativas
abaixo, isso não ocorre:
(A) Entrou, comprou ingressos e saiu logo.
(B) Maria é amiga de César e Vera, de Mário.
(C) Não se preparou para o concurso e conseguiu passar.
(D) Saia daí e não volte mais!
(E) Fui e já voltei.
Texto III
" Não
quis ouvir o teu agouro.
Colhi todas as rosas que nasceram
Nos caminhos por onde me levaste
E as rosas não morreram."
(Álvaro Moreyra)
10) Considerando-se o último
verso, ele se classifica como uma oração:
(A) aditiva (B) explicativa (C) conclusiva (D) alternativa (E) adversativa
Texto IV
“Meu dia
outrora principiava alegre;
No entanto à noite eu chorava. Hoje mais velho,
Nascem-me
em dúvida os dias, mas
Findam sagrados, serenamente. "
(Manuel Bandeira)
11) No texto acima encontramos, pela ordem:
(A) uma oração coordenada sindética alternativa e uma oração sindética
adversativa
(B) uma oração coordenada sindética adversativa e uma oração sindética
alternativa
(C) duas orações coordenadas sindéticas adversativas
(D) uma oração coordenada sindética explicativa e uma oração sindética
conclusiva
(E) duas orações coordenadas sindéticas explicativas
Texto V
[...]
Uma noite ele chegou no
bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou [...]
Manuel Bandeira in Estrela da vida inteira.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993. p.136.
12) Quantas orações
possui esse trecho?
(A) 1
(B) 3
(C) 2
(D) 6
(E) 4
13) Nesse trecho
podemos afirmar que trata-se de:
(A) um período simples, ou seja, uma oração absoluta.
(B) um período composto com orações coordenadas sindéticas.
(C) um período composto com orações coordenadas assindéticas.
(D) um período composto com orações sindéticas e assindéticas.
(E) n.d.a
Texto
VI
“Todos os dias
esvaziava uma garrafa, colocava dentro sua mensagem,
e a entregava ao mar.
Nunca recebeu resposta. Mas tornou-se alcoólatra”.
(Marina
Colasanti)
14) O conectivo “mas”,
que introduz a conclusão do conto - tornou-se alcoólatra -, permite a seguinte
interpretação:
I. A personagem
tornou-se alcoólatra porque nunca recebeu uma resposta.
II. O fato aconteceu
porque a personagem escreveu muitas mensagens.
III. A solidão sem
remédio tem sempre como conseqüência o vício.
IV. Esvaziou muitas
garrafas. Enviou muitas mensagens. Não recebeu resposta. Mas, como tinha bebido
todos os dias, tornou-se alcoólatra.
Analise as afirmações
e assinale a alternativa correta.
(A) Somente a
afirmação IV está correta.
(B) Somente a
afirmação I está correta.
(C) Somente as
afirmações I e II estão corretas.
(D) Somente a
afirmação III está correta.
(E) Somente as
afirmações II e III estão corretas.
A maior descoberta de
minha geração é que os seres humanos podem modificar suas vidas apenas mudando
suas atitudes mentais."
William James
Filósofo e psicólogo norte americano.